A Liberdade guiando o povo.

A Liberdade guiando o povo.
Delacroix é considerado o mais importante representante do romantismo francês. Na sua obra convergem a voluptuosidade de Rubens, o refinamento de Veronese, a expressividade cromática de William Turner e o sentimento patético de seu grande amigo Géricault. O pintor, que como poucos soube sublimar os sentimentos por meio da cor, escreveu: "…nem sempre a pintura precisa de um tema". E isso seria de vital importância para a pintura das primeiras vanguardas.

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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Diálogos entre Romantismo, Movimentos modernos e contemporâneos.

                Antes considerado apenas um estado de espírito, o Romantismo começou a se fortalecer no final do século XVII, tornando-se um movimento político, artístico e filósofo, que permaneceu até o século XIX.
            Tinha como característica, ser adverso ao Iluminismo e Racionalismo. Tendo a temática voltada para o individuo, o Romantismo retrata os dramas, as paixões e as melancolias humanas.

Movimento da literatura brasileira, o Modernismo foi criado no ano 1920 e durou até mais ou menos 1978. Suas características mais marcantes eram: liberdade de expressão, contextualização e inclusão do cotidiano, linguagem coloquial e novas técnicas de escrita.

O Modernismo foi dividido em três fases: De 1922-1930, A Heróica (que tem como base a revolução nas obras artísticas, surgindo o cubismo, surrealismo e o futurismo), de 1930-1945, A Consolidação (fase em que surge novos poetas, e o predomínio da prosa de ficção), de 1945-1960 Pós-Modernismo (fase final do movimento, é criado o grupo “geração dos 45”, onde os escritores prezam uma poesia mais seria e equilibrada).
As diferenças entre esses dois movimentos são muito claras, a começar pela forma de escrita, o Romantismo com sua linguagem mais tradicional e o Modernismo com sua linguagem mais do cotidiano, com seus textos mais livres e frases curtas. Outra diferença marcante é a passar da valorização do individuo a valorização do cotidiano.
Referências:
Equipe: Fabiana Pereira dos Santos
Gabriela Souza
Rodrigo Furusawa

Vinicius Ramos 

Romantismo nas Artes: Música!!!!





"Um movimento artístico não é um fato isolado. Ele está associado às transformações ocorridas na sociedade da época. Seja no campo da pintura, da escultura, da literatura ou até mesmo da música, os autores retratam em suas obras o que toma conta do contexto social no qual estão inseridos. E com o Romantismo não foi diferente."



" As obras românticas mostram em suas composições as conseqüências das Revoluções que se espalharam por toda a Europa no final do século XVIII. O Romantismo surge nessa época em oposição à era da razão que tomou conta de todo esse século, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX. Ele tem como o seu principal direcionamento a subjetividade. O berço do Romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o Romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América. O espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo."






"A liberdade de expressão é uma das 2 características típicas do Romantismo e constitui um aspecto importante para a evolução da literatura ocidental. A prova de que os diferentes veículos artísticos estavam vinculados era o fato de que muitos compositores românticos buscavam sempre ler um livro e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se com escritores e pintores. Não era raro alguma composição romântica ter como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor. Weber e Wagner foram atraídos por lendas do Norte europeu; Schumann pela pseudofilosófica literatura romântica de sua época; Chopin por Mickiewicz; Berlioz por Shakespeare; Liszt pelo contemporâneo poeta romântico Lamartine e por vários pintores românticos da França. "


Frederic Chopin
         



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Berlioz




"Assim como na literatura, a música procurava se desligar da arte do passado pondo-se mais ao alcance da nova classe social em ascensão, a burguesia, e invadindo as salas de concerto, conquistando um novo público ávido de uma nova estética. Essa estética apresenta uma música caracterizada pela presença marcante e intensa da emoção ao passo que a forma se tornou mais livre e os tons mais ricos. Permanecendo principalmente tonal, a música do Romantismo está mais cromática, a estrutura melódica foi mantida periódica, mas a estrutura frasal menos regular. Encontrasse, ao longo desse período, uma música mais poética do que abstrata, mais melódica do que harmônica e mais orgânica do que mosaica. O movimento de uma sonata nas mãos de um compositor romântico é apresentado como uma serie de episódios pitorescos sem nenhuma ligação ou unidade formal. "

A música, mais precisamente a ópera, incorporava temas de fantasia e lendas medievais. Os românticos distanciaram-se dos valores prevalecentes durante a Idade da Razão. A conseqüência natural era que se interessassem pelo irracional, pelo macabro, sendo a loucura, o horror e o sobrenatural temas comuns. Na música, essa influência pode ser observada, por exemplo, na Sinfonia Fantástica (1830), de Berlioz, na qual o compositor evoca ( você vai gostar dessa Lorenzo) uma série de alucinações induzidas pelo ópio.






Fonte:http://www.letras.ufrj.br/veralima/romantismo/ensaios/musica_romantismo_g2j.pdf


Amanda Scremin
Bruno Fernandes
Emanuelli Lima

terça-feira, 21 de abril de 2015

O Romantismo na América


O romantismo foi um movimento cultural, literário e artístico marcado pelo individualismo e nacionalismo além da valorização das emoções e da liberdade de criação, ele se iniciou na Europa, século XVIII, e durou grande parte do século XIX, no qual, durante esse período, se espalhou pelo mundo.

No “Novo Continente”, o romantismo ganhou algumas características próprias, tais como o transcendentalismo que levava o individualismo ao extremo. Exemplos de obras com essa característica são: “A Natureza” de Ralph Waldo Emerson e “Canção de Mim Mesmo” de Walt Whitman, ambos autores norte-americanos.
Os Estados Unidos tiveram um período muito importante marcado pelo romantismo, e por sua característica individualista que teria influenciado a colônia a conquistar emancipação política de sua metrópole. Nele, poetas como Edgar Allan Poe e Herman Melville se destacaram no romantismo sombrio, (um subgênero literário) com suas respectivas obras o “corvo” e “Moby Dick”.

 
Edgar Allan Poe, fortemente influenciado por poetas ingleses, exibia em seu trabalho um pouco do gótico e do idealismo. O que diferenciava Allan Poe de outros escritores góticos foi uma de suas “filosofias”, “o homem era o criador de seus próprios fantasmas”, pois autores da época mostravam o sobrenatural, enquanto ele via o homem e sua loucura como os responsáveis em suas histórias.
O romantismo também foi muito influente no México, onde temos como exemplo a obra O Periquillo Sarniento, um romance escrito por José Joaquín Fernández de Lizardi, que pode ser considerado um dos primeiros romances escritos na América Latina, que tem um aspecto romântico por conta da expressão do nacionalismo, e por mostrar personagens característicos do seu local de origem.
Outro país com forte influência do romantismo foi a Venezuela com destaque do escritor José Antonio Maitin com sua popular escritura Cantos Fúnebres, fortemente atraído por poetas românticos Ingleses. Foi considerado “o fundador” do romantismo na Venezuela.

 No Brasil o marco inicial do romantismo foi “Suspiros Poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães que é marcado pelo nacionalismo e a lusofobia que se tornaram comuns na literatura da época devido à independência representado também em autores como Gonçalves Dias. A visão da morte como o fim de problemas está muito presente na obra “Lucíola(escrita pelo autor brasileiro José de Alencar) em que destacamos seu fim, o qual mostra que ela só obtém a paz que busca após sua morte. Esse movimento também foi a chave da crítica brasileira sobre alguns aspectos sociais ocorridos na época, como mostra o “Poeta dos Escravos”, Castro Alves, que não só destaca uma forma de amor diferente da visão de alguns autores da época como faz suas críticas sociais. Já Álvares de Azevedo expressa em suas obras os seus sentimentos, também tendo a morte como forte marcação em seus textos, contando com a imaginação. Casimiro de Abreu teve como expressiva inspiração Gonçalves Dias, mostrando em suas poesias uma certa “nostalgia” falando mais sobre sua infância e ícones de sua família, uma de suas principais obras foi “Meus Oito Anos”. Outro poeta do século XIX é Junqueira Freire, com sua principal obra sendo “Contradições poéticas” que mostra algumas de suas “marcas” como o pessimismo em relação à vida e o gosto pelo pecado, além de demonstrar o gosto e a aceitação da morte.

O Corvo
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,                       
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
           Libertar-se-á... nunca mais!

O poema tem ideais do romantismo, tais como a expressão das emoções, também mostra o apreço pela morte(de uma  maneira contraditória, pois o eu lírico passa o poema tentando evitar o corvo mas ao mesmo tempo não quer se esquecer das lembranças que ele traz, que são as lembranças da morte de sua amada). O poema também mostra o ideal grotesco e a fuga da realidade ao mostrar o eu lírico conversando com um corvo.


Referências:
http://www.brasilescola.com/literatura/romantismo.

http://www.soliteratura.com.br/romantismo/romantismo02.php

 http://www.soliteratura.com.br/romantismo/

 http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/romantismo.htm

http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/romantismo-terceirageracao.
html

 http://www.brasilescola.com/literatura/alvares-de-azevedo.

http://educaterra.terra.com.br/literatura/romantismo/romantismo_32.htm

http://www.brasilescola.com/literatura/junqueira-freire.htm

https://cartaroubada.wordpress.com/2012/03/29/romantismo-americano-com-edgar-allanpoe-uma-pequena-introducao/abemosdetudo.com/educacao/ask87862- Eu_me_pergunto_se_o_Periquillo_Sarniento_corresponde_ao_movimento_neoclassico_ou_ hispanoame_Romantismo.html

http://venezuelacultura.blogspot.com.br/2007/11/literatura-na-venezuela.html

http://www.mcnbiografias.com/app-bio/do/show?key=maitin-jose-antonio

Alunos:
Fabio Luis K. Say
Matheus Trech Lima 
Rafael Debur Bernert
Sabrina Werzel Bassai

Romantismo no Brasil - Parte II

 Quais as fases e características?



O romantismo no Brasil foi influenciado pela sua independência,que levou essa fase a ser marcada pelo nacionalismo, mas é claro sem deixar de lado as características do romantismo, como o sentimentalismo, o escapismo e a ideia que a única fuga sem retorno  é a morte, está presente nas obras dos autores.







Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo_no_Brasil
O romantismo no Brasil pode ser dividido em três partes, na primeira geração onde a ideia de nacionalismo é muito forte, e eles querem voltar ao começo do Brasil trazendo a imagem do índio como herói e também se destacam a fauna e flora do país. 








Já a segunda geração é mais voltada para o pessimismo onde mostra o medo de amar, os sentimentos exagerados, sofrimento e melancolia , e mostra o eu-lírico como uma pessoa solitária. Por fim temos a terceira geração na qual as ideias republicanas e abolicionistas e também a ideia do fim do império, é a época voltada a fazer críticas sociais e mostrar a realidade do povo, era o fim do romantismo no Brasil...


Araújo Porto Alegre





Casimiro de Abreu








Tobias Barreto

















Principais autores:
Primeira: Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.
Segunda:  Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
Terceira:       Castro Alves, Tobias Barreto e Sousândrade.


(...)
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus.


Quanta ilusão!... O céu mostra-se esquivo
E surdo ao brado do universo inteiro...
De dúvidas cruéis prisioneiro,
Tomba por terra o pensamento altivo.

Dizem que o Cristo, o filho do Deus vivo,
A quem chamam também Deus verdadeiro,
Veio o mundo remir do cativeiro,
E eu vejo o mundo ainda tão cativo!

Se os reis são sempre os reis, se o povo ignavo
Não deixou de provar o duro freio
Da tirania, e da miséria o travo,

Se é sempre o mesmo engodo e falso enleio,
Se o homem chora e continua escravo,
De que foi que Jesus salvar-nos veio?...
                                                                                                      Tobias Barreto



Fonte:http://www.mundovestibular.com.br/articles/6517/1/Romantismo-no-Brasil/Paacutegina1.html
http://www.overmundo.com.br/overblog/tobias-barreto-um-condor-solitario



Grupo 3: Amanda, Bruno e Emanuelli.



A Vida, o Amor e a Morte do Trovadorismo ao Romantismo


Trovadorismo


Vida:
      O Trovadorismo foi marcado pelo feudalismo,  sua temática estava relacionada  aos valores culturais e aos comportamentos difundidos da cavalaria feudal. No feudalismo fica marcada  a hierarquia do suserano, pois há um grande distanciamento entre as classes sociais.  Os poemas tinham o intuito de retratar a vida aristocrática nas cortes portuguesas.

O Amor e a Morte:  

           Durante o Trovadorismo foi criado o Amor Cortês, nas cantigas desse período eles demonstraram o amor entre o cavalheiro medieval e sua donzela. Nas cantigas de amor, onde o eu lírico é sempre masculino,  a mulher é um amor impossível, pois quase sempre é comprometida ou pertence à uma classe social superior. Nessas cantigas o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada. Ele se põe na posição de vassalo e ela na posição se suserana, comparando ao sistema hierárquico do feudalismo ele  sempre está numa posição inferior à ela e demonstrando, através de suas palavras, a dor causada pelo amor não correspondido.
       Nas cantigas de amigo a mulher é o eu lírico. Nela a mulher fala sobre seu sofrimento à espera do namorado (chamado de amigo). A dor do amor não correspondido, as saudades e o ciúmes estão presentes nas cantigas de amigo. A mulher desabafa o desgosto de ser abandonada pelo amado.
         A relação da morte no trovadorismo está ligada à essas duas cantigas. A dor causada pelos romances levava-os ao desespero, o que os fazia  desejar a morte do que viver na impossibilidade da realização da união com a pessoa amada.

"A dona que eu am'e tenho por Senhor
amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."


Fonte: http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/literatura/cantigas-predominantes-trovadorismo.html#ixzz3XsNrzlRs

 Classicismo


Vida:

       A vida é bastante valorizada durante o classicismo. O homem desta época é racional, o sentimentalismo é deixado de lado e a razão é predominante. Neste período a igreja já não é o mais importante, ele é marcado pelo antropocentrismo, a preocupação do homem  com ele mesmo, com sua capacidade de cultivar, produzir e conquistar.

O Amor:
           
        Os poetas buscavam analisar o sentimento amoroso de modo racional.
        No classicismo predomina a ideia do amor platônico. Os poetas clássicos revivem a ideia de Platão de que o amor deve ser sublime, elevado, puro e não físico, para eles o verdadeiro amor está no mundo das ideias.
         A mulher era vista como um ser sobrenatural que supre a alma e ajuda seu companheiro.

Amor é um Fogo que Arde sem se Ver

Amor é um fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói, e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer. 

É um não querer mais que bem querer; 
É um andar solitário entre a gente; 
É nunca contentar-se e contente; 
É um cuidar que ganha em se perder; 

É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É ter com quem nos mata, lealdade. 

Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Camões)

Barroco

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_Barroco


Vida:

            O Barroco reflete o dilema que o homem do séc. XVII vivia. É bastante perceptível as dúvidas humanas entre aproveitar os prazeres da vida ou conserva-se santo. Dentro desse contexto os poemas refletiam as "dúvidas da vida", por exemplo, o bem e o mal, o céu e o inferno.



“Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se tão formosa a Luz é, por que não dura?”.
(Gregório de Matos)



O Amor:

            Oscila entre a atitude contemplativa, o amor elevado e a obscenidade. A postura platônica ainda domina quando o poema é direcionado à uma mulher branca. Já quando se trata de mulheres com classes sociais inferiores o erotismo e o desbocamento são as tônicas.  As visões de mulher espiritualizada e como objeto carnal podem aparecerem um só poema, assim estabelecendo  um conflito.


"Minha rica mulatinha, 
desvelo e cuidado meu, 
eu já fora todo teu, 
e tu foras toda minha;
Juro-te, minha vidinha, 
se acaso minha qués ser,
que todo me hei de acender 
em ser teu amante fino pois 
por ti já perco o tino, 
e ando para morrer."
http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/portugues/lirica

A Morte:
            O barroco determina a existência frequente da ideia da morte. Ele estabelece um pessimismo caracterizando a  morte como a expressão máxima de fuga da vida material. O descontentamento com o mundo e a situação dos homens acarreta o medo da morte.

"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
 Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
 Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância."
(MATOS, 1998, p. 60)

            "Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. (MATOS, 1998, p. 60)" 

Fonte: https://dialogosliterarios.files.wordpress.com/2012/10/13.pdf

Arcadismo




Vida:
           
A vida simples...

            Os textos no Arcadismo tem grande influência do Iluminismo. São retratadas críticas da burguesia aos abusos da nobreza e do clero. Eles creem que o bem estar coletivo provém da razão.  Neste movimento eles abandonam o exagero do Barroco e buscam pela simplicidade. A objetividade árcade traduz o racionalismo burguês, que além da literatura também se manifesta na filosofia e ciência da época.
             A proposta do ideal de vida do Arcadismo é  baseada na vida campestre e na humildade. O Arcadismo tem como objetivo combater o Barroco, a aristocracia e o modo exuberante de vida.

Soneto
LXIII 

"Já me enfado de ouvir este alarido,
Com que se engana o mundo em seu cuidado;
Quero ver entre as peles, e o cajado,
Se melhora a fortuna de partido.

Canse embora a lisonja ao que ferido
Da enganosa esperança anda magoado;
Que eu tenho de acolher-me sempre ao lado
Do velho desengano apercebido.

Aquele adore as roupas de alto preço,
Um siga a ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com igual excesso.

Eu não chamo a isto já felicidade:
Ao campo me recolho, e reconheço,
Que não há maior bem, que a soledade."
(Cláudio Manoel da Costa)
O Amor:

                Na poesia árcade as situações amorosas são artificiais. O poeta não fala sobre seus reais sentimentos, normalmente nas poesias encontramos um pastor que confessa seu amor por uma pastora e a convida para aproveitar a vida junto à natureza. O convencionalismo amoroso impedia a livre expressão dos sentimentos, o que mais importava era fazer poemas de amor como os poetas clássicos, e não a expressão de sentimentos.

“Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado,
Um pouco medimos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive, nos descobre
A sábia natureza.”

(recomenda o pastor Dirceu[Tomás Antônio Gonzaga] à sua musa Marília)

A Morte:

              Não é tão fácil achar algo sobre a morte no arcadismo. Esse movimento literário é marcado pela naturalidade, sendo assim a morte não é falada de modo exuberante, mas sim como parte natural da vida.
        
    MORTE DE LINDÓIA (fragmento)
"Este lugar delicioso e triste
Cansada de viver, tinha escolhido
Para morrer a mísera Lindóia.
Lá reclinada, como que dormia,
Na branda relva e nas mimosas flores, 
Tinha a face na mão, e a mão no tronco
De um fúnebre cipreste, que espalhava
Melancólica sombra. Mais de perto
Descobrem que se enrola em seu corpo
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
Fogem de a ver assim, sobressaltados,
E param cheios de temor ao longe,
E nem se atrevem a chamá-la, e temem
Que desperte assustada, irrite o monstro
E fuja, e apresse no fugir a morte.(...)"

            "Maquinações de Balda. Pretende entregar Lindóia e o comando dos indígenas a outro. O episódio mais importante: a morte de Lindóia. Para não se entregar a outro homem, deixa-se picar por uma serpente. Os padres e os índios fogem da sede, não sem antes atear fogo em tudo. O exército entra no templo."

              "O poema é escrito em decassílabos brancos, sem divisão em estrofes, mas é possível perceber a sua divisão em partes: proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo. Abandona a linguagem mitológica, mas ainda adota o maravilhoso, apoiado no feiticismo indígena. Foge, assim, ao esquema tradicional, sugerido pelo modelo imposto em língua portuguesa, Os Lusíadas. Por todo o poema, perpassa o propósito de crítica aos jesuítas, que domina a elaboração do poema."
Fonte: http://www.poetaslivres.com.br/literatura/portuguesa/arcadismo.html


Romantismo


Vida:

            Do racionalismo saímos, entrando agora no mundo Romântico. Os jovens românticos partem para o mundo do universo do inconsciente, eles acreditam na alteração da realidade, esta onde agora o homem não pertence só a razão, mas também ao sentimento.
            A criação artística presente neste movimento nos torna livre, nos permite sentir, perceber coisas que vão além do mundo da lógica. Os homens deste período desenvolvem seu auto conhecimento. Eles buscam os princípios da visão romântica da vida para se afastar dos excessos materialistas e  racionais.

O Amor e a Morte:

            Durante o Romantismo o homem idealizava a mulher como uma deusa. A mulher nesta época era vista como algo inatingível, por isso o amor é quase sempre descrito como espiritual e inalcançável.
            A frustração de não encontrar a mulher de seus sonhos, ou muitas vezes encontrá-la e a perder, o romântico entrava em constante devaneio. O choque com a situação fazia com que ele ao escrever buscasse a fuga da realidade, que podia ser o passado,o futuro ou até mesmo a morte.
             O texto do Romantismo é direcionado ao homem burguês, ele diante da impossibilidade de realizar seu sonho, o sonho do "eu", cai em profunda tristeza, angustia e solidão, muitas vezes leva-se ao suicídio para solucionar o mal do século. A idealização da vida perfeita do homem romântico causa enorme contraste com sua vida real, fazendo com que ele acredite que a morte é um destino melhor do a realidade.

Se eu morresse amanhã!

Se eu morresse amanhã,viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu pendera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que dove n'alma
Acorda a natureza mais loucã!
Não me batera tanto amor no peito,
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
(Álvares de Azevedo (1831 - 1852))

"Também desta vida à campa
Não transporto uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

E como autômato infante
Que inda não sabe sentir,
Ao pé da morte querida
Hei de insensato sorrir.

Por minha face sinistra
Meu pranto não correrá.
Em meus olhos moribundos
Terrores ninguém lerá.

Não achei na terra amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu - adeus.

Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

Por isso, ó morte, eu amo-te, e não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo."

(JUNQUEIRA FREIRE. Morte. In: ANTONIO CANDIDO E CASTELLO,J.)





Fontes:

·         https://dialogosliterarios.files.wordpress.com/2012/10/13.pdf

·         http://romantismo-21b.blogspot.com.br/p/alguns-poemas-do-romantismo.html

·         http://aprovadonovestibular.com/romantismo-caracteristicas-autores.html

·         http://www.soliteratura.com.br/romantismo/romantismo01b.php

·         http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/portugues/literatura_portuguesa/autores/lit_port_bocage_sonetos


·         http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/arcadismo04.php

·         http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/arcadismo-2

·         http://www.infoescola.com/literatura/arcadismo/

·         http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/poemas_gregorio_de_matos.htm

·         http://www.mundovestibular.com.br/articles/5283/1/Classicismo/Paacutegina1.html

·         http://www.infoescola.com/literatura/classicismo/

·         http://www.suapesquisa.com/biografias/camoes1/

·         http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/trovadorismo-literatura-portuguesa-caracteristicas-principais-dicas-questoes-comentadas-598921.shtml

·         http://www.jornaldastribos.com.br/trovadorismo-o-que-foi-cantigas-resumo/

·         http://valiteratura.blogspot.com.br/2011/03/trovadorismo-cantigas-e-prosa-medieval.html

·         http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/trovadorismo-literatura-portuguesa-caracteristicas-principais-dicas-questoes-comentadas-598921.shtml

  • http://blogdoenem.com.br/trovadorismo-literatura-enem/

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